sexta-feira, 18 de julho de 2014

Como realizar os Primeiros Socorros 


São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado físico coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, até que receba assistência médica especializada.
  • Conhecer os principais aspectos do comportamento e da conduta de um profissional de saúde que presta um atendimento de primeiros socorros,  Conhecer os aspectos legais do socorro, conhecer as 4 fases do socorro e saber realizar um exame primário e um secundário.
  • Toda pessoa que estiver realizando o atendimento de primeiros socorros deve, antes de tudo, atentar para a sua própria segurança. O impulso de ajudar a outras pessoas não justifica a tomada de atitudes inconseqüentes, que acabem transformando-o em mais uma vítima.
  • A seriedade e o respeito são premissas básicas para um bom atendimento de primeiros socorros. Para tanto, evite que a vítima seja exposta desnecessariamente e mantenha o devido sigilo sobre as informações pessoais que ela lhe revele durante o atendimento.



 Socorrista: Atividade regulamentada pelo Ministério da Saúde, segundo a portaria n° 824 de 24 de junho de 1999. O socorrista possui um treinamento mais amplo e detalhado que uma pessoa prestadora de socorro.
 Urgência: Estado que necessita de encaminhamento rápido ao hospital. O tempo gasto entre o momento em que a vítima é encontrada e o seu encaminhamento deve ser o mais curto possível.
 Emergência: Estado grave, que necessita atendimento médico embora não seja necessariamente urgente.
 Acidente: Fato do qual resultam pessoas feridas e/ou mortas que necessitam de atendimento.
 Incidente: Fato ou evento desastroso do qual não resultam pessoas mortas ou feridas, mas que pode oferecer risco futuro.
 Sinal: É a informação obtida a partir da observação da vítima.
 Sintoma: É informação a partir de uma relato da vítima.

As fases do socorro




AVALIAÇÃO DO AMBIENTE

A primeira atitude a ser tomada no local do acidente é avaliar os riscos que possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos primeiros socorros. Se houver algum perigo em potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro especializado. Nesta fase, verifica-se também a provável causa do acidente, o número de vítimas e a gravidade das mesmas e todas as outras informações que possam ser úteis para a notificação do acidente. Proceda da seguinte forma:
  1. Mantenha a vítima deitada, em posição confortável, até certificar-se de que a lesão não tem gravidade;
  2. Investigue particularmente a existência de hemorragia, envenenamento, parada respiratória, ferimentos, queimaduras e fraturas;
  3. Dê prioridade ao atendimento dos casos de hemorragia abundante, inconsciência, parada cardiorrespiratória, estado de choque e envenenamento, pois EXIGEM SOCORRO IMEDIATO.
  4. Verifique se há lesão na cabeça, quando o acidentado estiver inconsciente ou semiconsciente. Havendo hemorragia por um ou ambos os ouvidos, ou pelo nariz, PENSE em fratura de crânio;
  5. Não dê líquidos a pessoas inconscientes;
  6. Recolha, em caso de amputação, a parte seccionada, envolva-a em um pano limpo para entrega IMEDIATA ao médico;
  7. Certifique-se de que qualquer providência a ser tomada não venha a agravar o estado da vítima;
  8. Chame o médico ou transporte a vítima, SE NECESSÁRIO. Forneça as seguintes informações:
    Local, horário e condições em que a vítima foi encontrada;
    Quais os Primeiros Socorros a ela prestados.
  9. Inspire confiança - EVITE O PÂNICO
  10. Comunique a ocorrência a autoridade policial local.
SOLICITAÇÃO DE AUXíLIOSolicite se possível a outra pessoa que peça auxílio chamando o socorro especializado comunicando a provável causa do acidente, o número de vítimas, a gravidade das mesmas e todas as outras informações que ele precisar. Estas informações você terá obtido anteriormente, durante a fase de avaliação do ambiente.

SINALIZAÇÃO

Efetuar, sempre que necessário, a sinalização do local para evitar a ocorrência de novos acidentes. Pode ser feita com cones, fita zebrada, ou qualquer objeto que chame a atenção de outras pessoas para o cuidado com o local, na falta destes recursos, pode-se pedir para que uma pessoa fique sinalizando a uma certa distância.

ATENDIMENTO

Ao iniciar o atendimento, deve-se ter em mente o que fazer e o que não fazer. Manter o autocontrole é imprescindível nesta fase. Não minta para a vítima. Procure expressar segurança e confiança no que faz. No atendimento, a pessoa que estiver prestando os primeiros socorros deve realizar os dois exames básicos: exame primário e exame secundário.

EXAME PRIMÁRIO 


O exame primário consiste em verificar:

  • se a vítima está consciente;
  • se a vítima está respirando;
  • se as vias aéreas estão desobstruídas;
  • se a vítima apresenta pulso.
Este exame deve ser feito em 2 minutos ou menos. Se a vítima não estiver respirando, mas apresentar batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme o procedimento. Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP segundo o procedimento.

EXAME SECUNDÁRIO


Consiste na verificação de:

 Avaliar o nível de consciência.
 Escala de Coma de Glasgow.
 Avaliar os 4 sinais vitais:

  • pulso.
  • respiração.
  • pressão arterial (PA), quando possível.
  • temperatura.
  • Avaliar os 3 Sinais Diagnósticos:
    • tamanho das pupilas;
    • enchimento capilar (perfusão sangüíneas das extremidades);
    • cor da pele.
    Realizar o exame físico na vítima:

  • pescoço;
  • cabeça;
  • tórax;
  • abdômen;
  • pelve;
  • membros Inferiores;
  • membros Superiores;
  • dorso.
  • O que o prestador de primeiros socorros deve observar ao avaliar o pulso e a respiração

    Pulso:
    • Freqüência: É aferida em batimentos por minuto, podendo ser normal, lenta ou rápida.
    • Ritmo: É verificado através do intervalo entre um batimento e outro. Pode ser regular ou irregular.
    • Intensidade: É avaliada através da força da pulsação. Pode ser cheio (quando o pulso é forte) ou fino (quando o pulso é fraco).
    Respiração:
    • Freqüência: É aferida em respirações por minuto, podendo ser: normal, lenta ou rápida.
    • Ritmo: É verificado através do intervalo entre uma respiração e outra, podendo ser regular ou irregular.
    • Profundidade: Deve-se verificar se a respiração é profunda ou superficial.
     Remoção do Acidentado




    A remoção da vítima do local do acidente para o hospital é tarefa que requer da pessoa prestadora de primeiros socorros o MÁXIMO DE CUIDADO E CORRETO DESEMPENHO.


    ANTES DA REMOÇÃO:


     TENTE controlar a hemorragia.

     INICIE a respiração de socorro.
     EXECUTE a massagem cardíaca externa.
     IMOBILIZE as fraturas.
     EVITE o estado de choque, se NECESSÁRIO.
    Para o transporte da vítima podemos utilizar meios habitualmente empregados - maca ou padiola, ambulância, helicóptero ou de RECURSOS IMPROVISADOS:

     Ajuda de pessoas.

     Maca.
     Cadeira.
     Tábua.
     Cobertor.
     Porta ou outro material disponível.
    COMO PROCEDER


    Vítima consciente e podendo andar:

     Remova a vítima apoiando-a em seus ombros.
    Vítima consciente não podendo andar:
     Transporte a vítima utilizando dos recursos aqui demonstrados, em casos de:
    - Fratura, luxações e entorses de pé.

    - Contusão, distensão muscular e ferimentos dos membros inferiores.
    - Picada de animais peçonhentos: cobra, escorpião e outros.
    Vítima inconsciente:


     Como levantar a vítima do chão SEM AUXÍLIO DE OUTRA PESSOA:



     Como levantar a vítima do chão COM A AJUDA DE UMA OU MAIS PESSOAS




    Vítima consciente ou inconsciente:


     Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante:




     Como Remover Vítima de Acidentados Suspeitos de Fraturas de Coluna e Pelve:
    - Utilize uma SUPERFÍCIE DURA - porta ou tábua (maca improvisada).

    - Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local encontrado até a maca.
    - Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas.



     Como Remover Acidentado Grave Não Suspeito de Fratura de Coluna Vertebral ou Pelve, Em Decúbito Dorsal:
    - Utilize macas improvisadas como: portas, cobertores, cordas, roupas, etc.;
    IMPORTANTE:
     EVITE paradas e freadas BRUSCAS do veículo, durante o transporte;
     PREVINA-SE contra o aparecimento de DANOS IRREPARÁVEIS ao acidentado, movendo-o o MENOS POSSÍVEL
     SOLICITE, sempre que possível, a ASSISTÊNCIA DE UM MÉDICO na remoção de acidentado grave.
     NÃO INTERROMPA, em hipótese alguma, a RESPIRAÇÃO DE SOCORRO e a MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA ao transportar o acidentado.

     Lesões Musculares




    CONTUSÃOLesão produzida nos tecidos por uma pancada, sem que haja rompimento da pele.

     COMO SE MANIFESTA

    Dor e edema (inchaço) no local.

     COMO PROCEDER

    Evite movimentar a região atingida e aplique compressas frias ou saco de gelo no local atingido.
    Procure o médico se necessário.
    Importante: uma contusão pode acarretar em hemorragia interna, fraturas ou outras lesões graves. NÃO PERCA TEMPO.

    DISTENSÃO MUSCULARÉ a lesão provocada no músculo, por movimento brusco e violento.

     COMO SE MANIFESTADor intensa à movimentação e contratura da musculatura atingida.


     COMO PROCEDER

    Evite movimentar a região lesada, aplique compressas geladas ou saco de gelo no local.

    Procure o médico se necessário.

    CÂIMBRA

    É a contração abrupta, vigorosa, involuntária e dolorosa de um músculo, podendo ocorrer no exercício ou em repouso.

     COMO SE MANIFESTA

    Dor e contratura no local.

     COMO PROCEDER

    Promova o alongamento do músculo atingido e aplique compressas quentes no local. Faça uma suave massagem no local.
    Procure o médico se necessário.

    Lesões Articulares



    LUXAÇÕESÉ o deslocamento da extremidade de um osso em sua articulação.

     COMO SE MANIFESTA

    Dor VIOLENTA, deformação local, edema, hiperemia e impossibilidade de movimentação.

     COMO PROCEDER

    Mantenha a vítima em repouso e evite movimentar a região lesada.
    Imobilize o local usando tábua, papelão, jornal ou revistas dobradas, travesseiro, manta e tiras de pano. Proteja a região lesada usando algodão ou pano, afim de evitar danos à pele.
    Faça a imobilização de modo que o aparelho atinja as duas articulações próximas à lesão
    Amarre as talas com ataduras ou tiras de pano com firmeza, SEM APERTAR, em 4 pontos:
    • ACIMA e ABAIXO DO LOCAL DA REGIÃO LESADA.
    • ACIMA e ABAIXO das articulações próximas à região lesada.
    Remova a vítima para o hospital mais próximo, após a imobilização.
    Importante: Não tente colocar o osso no lugar.

    ENTORSESÉ a separação MOMENTÂNEA das superfícies ósseas na articulação.

     COMO SE MANIFESTA

    Dor intensa à movimentação e edema (inchaço) local.

     COMO PROCEDER

    Evite movimentar a região atingida e aplique compressas geladas ou saco de gelo no local lesado, até posterior orientação médica.
    Imobilize o local usando tábua, papelão, jornal ou revistas dobradas, travesseiro, manta e tiras de pano. Proteja a região lesada usando algodão ou pano, afim de evitar danos à pele
    Faça a imobilização de modo que o aparelho atinja as duas articulações próximas à fratura
    Amarre as talas com ataduras ou tiras de pano com firmeza, SEM APERTAR, em 4 pontos:
    • ACIMA e ABAIXO DO LOCAL DA LESÃO.
    • ACIMA e ABAIXO das articulações próximas à região lesão.
    Remova a vítima para o hospital mais próximo, após a imobilização


    Importante: Não use compressas quentes nas primeiras 24 horas.
    Não faça fricção nem procure "esticar" a região lesada.
    O entorse é um traumatismo que sempre exige orientação médica.



    Lesões Ósseas



     FRATURAS

    É a ruptura do osso. O PRIMEIRO SOCORRO consiste em impedir o deslocamento das partes quebradas, evitando assim o agravamento da lesão.

     AS FRATURAS PODEM SER
    • Fechadas - quando o osso quebrado não perfura a pele.
    • Exposta - quando o osso quebrado rompe a pele.

     COMO SE MANIFESTA

    Dor e edema (inchaço) local, Dificuldade ou incapacidade de movimentação, Posição anormal da região atingida. Há uma sensação de atrito das partes ósseas no local da fratura, em fratura expostas há a rotura da pele com exposição do osso fraturado.

     COMO PROCEDER

    Fratura Fechada

    Mantenha a vítima em repouso, evite movimentar a região atingida e o estado de choque. Aplique compressas geladas ou saco de gelo no local lesado, até posterior orientação médica. Imobilize o local usando tábua, papelão, jornal ou revistas dobradas, travesseiro, manta e tiras de pano.
    Proteja a região lesada usando algodão ou pano, afim de evitar danos à pele, faça a imobilização de modo que o aparelho atinja as duas articulações próximas à fratura.
    Amarre as talas com ataduras ou tiras de pano com firmeza, SEM APERTAR, em 4 pontos:
    • ACIMA e ABAIXO DO LOCAL DA LESÃO.
    • ACIMA e ABAIXO das articulações próximas à região lesão.
    Remova a vítima para o hospital mais próximo, após a imobilização
    IMPORTANTE: Não tente reduzir a fratura (colocar o osso quebrado no lugar

    Fratura Exposta

    Mantenha a vítima em repouso, evite movimentar a região atingida. Estanque a HEMORRAGIA e faça um curativo protetor sobre o ferimento, usando compressas, lenço ou pano limpo.
    Evite o estado de choque, aplique compressas geladas ou saco de gelo no local lesado, até posterior orientação médica.
    Imobilize o local usando tábua, papelão, jornal ou revistas dobradas, travesseiro, manta e tiras de pano. Remova a vítima para o hospital mais próximo, após a imobilização.
    IMPORTANTE: Não tente reduzir a fratura (colocar o osso quebrado no lugar).

    FRATURA DE CLAVÍCULA

     COMO SE MANIFESTA

    Dor intensa no local da fratura e o acidentado não consegue movimentar o braço do lado afetado e sustento com o outro braço na altura do cotovelo para diminuir a dor.

     COMO PROCEDER
    • Mantenha a vítima em repouso.
    • Evite movimentar a região atingida.
    • Coloque um chumaço de algodão ou pano dobrado entre o braço lesado e o tórax (região axilar).
    • Fixe o braço de encontro ao tórax, usando duas faixas de pano.
    • Ampare o antebraço com uma tipóia (lenço triangular ou tira).
    • PROCURE UM MÉDICO.
    FRATURA DE BRAÇO (úmero)

     COMO PROCEDER
    • Mantenha a vítima em repouso
    • Evite movimentar a região atingida
    • Coloque um chumaço de algodão ou pano dobrado entre o braço lesado e o tórax (região axilar)
    • Proteja o face externa do braço com uma tala, do ombro ao cotovelo
    • Fixe o braço assim protegido de encontro ao tórax, usando duas faixas de pano
    • Ampare o antebraço com uma tipóia (lenço triangular ou tira)
    • PROCURE UM MÉDICO
    FRATURA DE ANTEBRAÇO (rádio e ou ulna)

     COMO PROCEDER
    • Mantenha a vítima em repouso.
    • Evite movimentar a região atingida.
    • Dobre o antebraço, mantendo o polegar voltado para cima.
    • Proteja a região a ser imobilizada com algodão ou pano limpo.
    • Coloque duas talas nas faces interna e externa do antebraço, ULTRAPASSANDO o cotovelo e os dedos.
    • Ampare o antebraço com uma tipóia (lenço triangular ou tira).
    • PROCURE UM MÉDICO.
    FRATURA DE PUNHO

     COMO PROCEDER
    • Mantenha a vítima em repouso.
    • Evite movimentar a região atingida.
    • Dobre o antebraço, mantendo o polegar voltado para cima.
    • Proteja a região a ser imobilizada com algodão ou pano limpo.
    • Coloque duas talas nas faces interna e externa do antebraço, ULTRAPASSANDO o cotovelo e os dedos.
    • Ampare o antebraço com uma tipóia (lenço triangular ou tira).
    • PROCURE UM MÉDICO.
    FRATURA DE COXA (fêmur)

     COMO SE MANIFESTA
    • Dor intensa agravada pela movimentação.
    • Dificuldade ou incapacidade de movimentação.
    • Posição anormal da região atingida, podendo ocorrer a rotação do pé.
     COMO PROCEDER
    • Mantenha a vítima em repouso e em decúbito dorsal (deitada de costa).
    • Proteja todo o membro com um pano ou algodão.
    • Imobilize o membro fraturado na posição ENCONTRADA.
    • Coloque duas talas, uma ao longo de toda a face externa, do tornozelo até a axila (na falta de uma tala use cabo de vassoura, guarda-chuva, ripa ou tábua) e a outra na face interna, do tornozelo a virilha.
    • PROCURE UM MÉDICO.
    FRATURA DE PATELA

     COMO PROCEDER
    • Mantenha a vítima em repouso e em decúbito dorsal (deitada de costa).
    • Proteja todo o membro com um pano ou algodão, preenchendo o vão do joelho para firmar a articulação.
    • Coloque uma tala na face posterior (atrás) da perna, do calcanhar até à parte superior da coxa (na falta da tala use ripa ou tábua).
    • PROCURE UM MÉDICO.
     FRATURA DE PERNA (tíbia e fíbula)

     COMO SE MANIFESTA
    • Dor intensa agravada pela movimentação.
    • Edema (inchaço) local.
    • Deformação ou não ao nível da lesão.
     COMO PROCEDER
    • Mantenha a vítima em repouso e em decúbito dorsal (deitada de costa).
    • Proteja todo a perna com um pano ou algodão.
    • Imobilize a região fraturada na posição ENCONTRADA.
    • Coloque duas talas nas faces internas e externas da perna, ULTRAPASSANDO o joelho e o pé (na falta de talas use cabo de vassoura, guarda-chuva, ripa ou tábua).
    • PROCURE UM MÉDICO.
    FRATURA DE TORNOZELO

     COMO PROCEDER
    • Imobilize como se fosse fratura de perna.
    FRATURA DO PÉ

     COMO PROCEDER
    • Remova (se possível) cuidadosamente o calçado da vítima.
    • Proteja a região atingida, até o meio da perna, com pano ou algodão.
    • Imobilize o pé e parte da perna, utilizando o próprio sapato, revista, tábua ou travesseiro.
    • PROCURE UM MÉDICO.

    FRATURA DE CRÂNIO (cabeça)

     COMO SE MANIFESTA
    • Perda de sangue pelas narinas ou ouvidos.
    • Inconsciência ou não.
    • Náuseas e vômitos podem surgir imediatamente ou horas após o acidente.
     COMO PROCEDER
    • Mantenha a vítima em repouso e recostada.
    • Aplique compressas geladas ou sacos de gelo na região atingida.
    • Estanque a HEMORRAGIA.
    • Evite o ESTADO DE CHOQUE.
    • Inicie a respiração de socorro boca-a-boca, em caso de parada respiratória.
    • Execute a massagem cardíaca externa, associada a respiração de socorro boca-a-boca, se a vítima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas.
    • Envolva o pescoço da vítima com pano até oferecer apoio à cabeça e coloque lateralmente travesseiros ou almofadas, a fim de impedir movimentos para os lados.
    • Remova IMEDIATAMENTE a vítima para o hospital mais próximo.
    IMPORTANTE: Toda a vítima com traumatismo de crânio NECESSITA de assistência médica IMEDIATA. NÃO PERCA TEMPO.


    ESCALA DE COMA DE GLASGOW (ECG)

    A escala de coma de Glasgow é um instrumento de avaliação e diagnóstico, servindo para acompanhamento do estado neurológico da vítima, uniformizando padrões clínicos mundiais sobre a vítima. Para tanto, são atribuídos valores numéricos às seguintes respostas da vítima: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora. A pontuação somada em cada um destes itens reflete o status neurológico da vítima.
    A pontuação mínima é 03 e a máxima 15, quanto menor a pontuação mais grave é a lesão, quanto maior a pontuação melhor é o estado da vítima. Pontuação menor ou igual a 08, a vítima é considerada em estado de coma.

    ParâmetrosRespostaPontosO que significa
    Espontânea4Olhos abertos e piscando.
    ABERTURAAo comando verbal3Abre os olhos só quando se fala com a pessoa.
    OCULARÀ dor2Abre os olhos só com algum estímulo doloroso.
    Sem resposta1Não abre os olhos de forma alguma.
    Orientada5Sabe o nome, a idade, o dia da semana, onde mora,...
    MELHORConfusa4Confusão de idéias. Ainda responde a alguma pergunta.
    RESPOSTAPalavras desconexas3Articula palavras inteiras mas sem sentido algum.
    VERBALEmite sons2Não fala nenhuma palavra apenas sons ou ruídos.
    Sem resposta1Não emite nenhuma palavra ou som.
    Obedece a comandos6Diante de um pedido, consegue erguer um membro
    MELHORLocaliza a dor5Não move o membro, mas sabe onde está doendo.
    RESPOSTAFlexão normal4Diante de um estímulo doloroso, afasta o membro deste.
    MOTORAFlexão anormal3Decorticação: braços dobrados por cima do corpo.
    Extensão anormal2Descerebração: corpo envergado. Punhos para fora.
    Sem resposta1Nenhuma reação motora.



    Fratura de Coluna Vertebral (espinha)

     COMO SE MANIFESTA
    • Dor local após forte traumatismo.
    • Dormência nos membros.
     COMO PROCEDER
    • Mantenha a vítima em REPOUSO ABSOLUTO.
    • Evite o ESTADO DE CHOQUE.
    • Utilize uma SUPERFÍCIE DURA, maca, tábua, porta, etc., para o transporte do acidentado.
    • Solicite ajuda de pelo menos cinco (05) pessoas, totalizando com você seis (06) pessoas, para transferir o acidentado, do local onde foi encontrado, para a maca.
    • Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, desloque todo o corpo ao mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas.
    • Imobilize o acidentado em decúbito dorsal (deitado de costa) ou em decúbito ventral (deitado de barriga para baixo), preenchendo as curvaturas do corpo com panos dobrados, afim de evitar a movimentação da coluna.
    • Evite paradas bruscas do veículo, durante o transporte.
    • SOLICITE, sempre que possível, a ASSISTÊNCIA DE UM MÉDICO na REMOÇÃO da vítima.

    IMPORTANTE: A movimentação inadequada poderá causar ao acidentado DANOS IRREPARÁVEIS (lesão Medular).

     Fratura de Costela


     COMO SE MANIFESTA
    • Dor local agravado com os movimentos respiratórios.
     COMO PROCEDER
    • Mantenha a vítima em repouso em posição confortável.
    • PROCURE UM MÉDICO.
     Fratura de Pelve (bacia)

     COMO SE MANIFESTA
    • Dor local após forte traumatismo, que se agrava com a movimentação.
     COMO PROCEDER
    • Mantenha a vítima em REPOUSO ABSOLUTO e em decúbito dorsal.
    • Utilize uma SUPERFÍCIE DURA, maca, tábua, porta etc., para o transporte do acidentado.
    • Solicite a ajuda de pelo menos cinco (05) pessoas para transferir o acidentado, do local em que foi encontrado, para a maca.
    • Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, desloque todo o corpo ao mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas.
    • Proteja lateralmente a bacia, usando travesseiros, almofadas ou cobertores dobrados.
    • Coloque entre as pernas um pano dobrado (um paletó, por exemplo).
    • Imobilize a bacia com faixa de pano bem larga ou lençol, fixando o acidentado à maca.
    • Amarre com uma faixa de pano o tórax, os joelhos e tornozelos, para maior firmeza na imobilização.
    • Evite o ESTADO DE CHOQUE.
    • Remova IMEDIATAMENTE a vítima para o hospital mais próximo.

    IMPORTANTE: A fratura de pelve pode ocasionar perfuração de órgãos internos, hemorragia e conseqüentemente estado de choque. EVITE A MOVIMENTAÇÃO DESNECESSÁRIA DO ACIDENTADO.


    Hemorragias


    É a perda de sangue provocada pelo rompimento de um vaso sangüíneo, podendo ser arterial, venosa ou capilar. Toda hemorragia deve ser controlada IMEDIATAMENTE. A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte de 3 a 5 minutos.


    HEMORRAGIA EXTERNA

     COMO PROCEDER
    Mantenha a região que sangra em posição mais elevada que o resto do corpo. Use uma compressa ou um pano limpo sobre o ferimento, pressionando-o com firmeza, a fim de estancar o sangramento. Comprima com os dedos ou com a mão os PONTOS DE PRESSÃO, onde os vasos são mais superficiais, caso continue o sangramento
    Dobre o joelho - se o ferimento for na perna; o cotovelo - se no antebraço, tendo o cuidado de colocar POR DENTRO da parte dobrada, bem junto da articulação, um chumaço de pano, algodão ou papel.
    Aplique o TORNIQUETE somente em casos de hemorragia grave, que não "possa" ser dominada por outros meios - braço ou perna amputados, esmagados ou dilacerados.
    Para fazer o torniquete proceda do seguinte modo:
    • Use uma tira de pano resistente e largo, um lenço, fralda, gravata etc., para fazer o torniquete.
    • Coloque um rolo de pano no provável trajeto do vaso que sangra.
    • Passe a tira ao redor do braço ou da perna (duas vezes), logo acima do ferimento, prendendo o rolo de pano.
    • Dê um meio nó (como o primeiro nó da amarração do tênis), coloque um pedaço pequeno de madeira no meio do nó (lápis por exemplo) e dê um nó completo sobre a madeira. Torça o pedaço de madeira até parar a hemorragia, quando parar fixe o pedaço de madeira.
    • Marque na testa da vítima ou em lugar visível, a hora e os minutos da aplicação do torniquete.
    • Mantenha o torniquete a descoberto e em observação.
    • Desaperte gradualmente a cada 10 ou 15 minutos.
    • Conserve-o frouxo no lugar, quando cessada a hemorragia.
    • Aperte-o novamente, se necessário.
    IMPORTANTE: Não use arame, corda, barbante ou material muito fino para fazer o torniquete.
    Evite o ESTADO DE CHOQUE.

    Remova IMEDIATAMENTE a vítima para o hospital mais próximo.


    Desmaios e Estado de Choque



    É o conjunto de manifestações que resultam de um desequilíbrio entre o volume de sangue circulante e a capacidade do sistema vascular, causados geralmente por: choque elétrico, hemorragia aguda, queimadura extensa, ferimento grave, envenenamento, exposição a extremos de calor e frio, fratura, emoção violenta, distúrbios circulatórios, dor aguda e infecção grave.

    TIPOS DE ESTADO DE CHOQUE:

     Choque Cardiogênico: Incapacidade do coração de bombear sangue para o resto do corpo. Possui as seguintes causas: infarto agudo do miocárdio, arritmias, cardiopatias;
     Choque Neurogênico: Dilatação dos vasos sangüíneos em função de uma lesão medular. Geralmente é provocado por traumatismos que afetam a coluna cervical;
     Choque Séptico: Ocorre devido a incapacidade do organismo em reagir a uma infecção provocada por bactérias ou vírus que penetram na corrente sangüínea liberando grande quantidade de toxinas;
     Choque Hipovolêmico: Diminuição do volume sangüíneo. Possui as seguintes causas:
    Perdas sangüíneas - hemorragias internas e externas.
    Perdas de plasma - queimaduras e peritonites.
    Perdas de fluídos e eletrólitos - vômitos e diarréias.
     Choque Anafilático: Decorrente de severa reação alérgica. Ocorre as seguintes reações:
    Pele: urticária, edema e cianose dos lábios;
    Sistema respiratório: dificuldade de respirar e edema da árvore respiratória;
    Sistema circulatório: dilatação dos vasos sangüíneos, queda da pressão arterial, pulso fino e fraco, palidez.

    COMO SE MANIFESTA

    A pele fica fria e pegajosa, aumenta a sudorese (transpiração abundante) na testa e nas palmas das mãos, a face fica pálida com expressão de sofrimento. A pessoa tem uma sensação de frio, chegando às vezes a ter tremores.
    A pessoa pode sentir náuseas e vômitos, a ventilação fica curta, rápida e irregular. Perturbação visual com dilatação da pupila, perda do brilho dos olhos, o pulso fica fraco e rápido e a pessoa pode ficar parcialmente ou totalmente inconsciente.

    COMO PROCEDER

    Realize uma rápida inspeção na vítima, combata, evite ou contorne a causa do estado de choque, se possível. Mantenha a vítima deitada e em repouso, controle toda e qualquer hemorragia externa, verifique se as vias aéreas estão permeáveis, retire da boca, se necessário secreção, dentadura ou qualquer outro objeto.
    Execute a massagem cardíaca externa associada à respiração de socorro boca-a-boca, se a vítima apresentar ausência de pulso, dilatação das pupilas e parada respiratória.
    Afrouxe a vestimenta da vítima, vire a cabeça da vítima para o lado caso ocorra vômito.
    Eleve os membros inferiores cerca de 30 cm, exceto nos casos de choque cardiogênicos (infarto agudo do miocárdio, arritmias e cardiopatias) pela dificuldade de trabalho do coração. Procure aquecer a vítima.

    Remova IMEDIATAMENTE a vítima para o hospital mais próximo.

    Queimaduras, Insolação e Intermação




    QUEIMADURAS
    É a lesão dos tecidos produzida por substância corrosiva ou irritante, pela ação do calor ou emanação radioativa. A gravidade de uma queimadura não se mede somente pelo grau da lesão (superficial ou profunda), mas também pela extensão da área atingida.


    CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS
    1º Grau:
    Lesão das camadas superficiais da pele, com:
     Eritema (vermelhidão).
     Dor local suportável.
     Inchação.
    2º Grau:
    Lesão das camadas mais profundas da pele, com:
     Eritema (vermelhidão).
     Formação de Flictenas (bolhas).
     Inchação.
    Dor e ardência locais, de intensidade variadas.
    3º Grau: Lesão de todas as camadas da pele, comprometendo os tecidos mais profundos, podendo ainda alcançar músculos e ossos.
     Estas queimaduras se apresentam secas, esbranquiçadas ou de aspecto carbonizadas.
     Pouca ou nenhuma dor local.
     Pele branca escura ou carbonizada.
     Não ocorrem bolhas.
    Queimaduras de 1º, 2º e 3º graus podem apresentar-se no mesmo acidentado. O risco de vida (gravidade do caso) não está no grau da queimadura, e sim, na EXTENSÃO da superfície atingida. QUANTO MAIOR A ÁREA QUEIMADA, MAIOR A GRAVIDADE DO CASO.


    AVALIAÇÃO DA ÁREA QUEIMADA
    Use a "regra dos nove" correspondente a superfície corporal:
     Genitália 1%.
     Cabeça 9%.
     Membros superiores 18%.
     Membros inferiores 36%.
     Tórax e abdomem (anterior) 18%.
     Tórax e região lombar (posterior) 18%.
    Considere:
    Pequeno queimado - menos de 10% da área corpórea;
    Grande queimado - Mais de 10% da área corpórea;
    IMPORTANTE: Área corpórea para crianças:
     Cabeça 18%
     Membros superiores 18%
     Membros inferiores 28%
     Tórax e abdomem (anterior) 18%
     Tórax e região lombar (posterior) 13%
     Nádegas 5%
    COMO PROCEDER
    Afaste a vítima da origem da queimadura e retire sua veste, se a peça for de fácil remoção. Caso contrário abafe o fogo envolvendo-a em cobertor, colcha ou casaco. Lave a região afetada com água fria (1ºgrau) mas não esfregue a região atingida, evitando o rompimento das bolhas.
    Aplique compressas frias utilizando pano limpo. Não aplique ungüentos, graxas, óleos, pasta de dente, margarina etc, sobre a área queimada. Mantenha a vítima em repouso e evite o estado de choque. PROCURE UM MÉDICO.
    IMPORTANTE: Nas queimaduras por CAL SODADA (soda cáustica),devemos limpar as áreas atingidas com uma toalha ou pano antes da lavagem, pois o contato destas substância com a água cria uma reação química que produz enorme quantidade de calor.

    INSOLAÇÃO

    É uma perturbação decorrente da exposição DIRETA e PROLONGADA do organismo aos raios solares.

    COMO SE MANIFESTA

     Pele quente e avermelhada.

     Pulso rápido e forte.
     Dor de cabeça acentuada.
     Sede intensa.
     Temperatura do corpo elevada.
     Dificuldade respiratória.
     Inconsciência.
    COMO PROCEDER

    Remova a vítima para um lugar fresco e arejado, afrouxe as vestes da vítima. Mantenha o acidentado em repouso e recostado, aplique compressas gelada ou banho frio se possível. Procure o hospital mais próximo.

    INTERMAÇÃO

    Perturbação do organismo causada por excessivo calor em locais úmido e não arejados.

    COMO SE MANIFESTA
     Dor de cabeça e náuseas.
     Palidez acentuada.
     Sudorese (transpiração excessiva).
     Pulso rápido e fraco.
     Temperatura corporal ligeiramente febril.
     Câimbra no abdomem ou nas pernas.
     Inconsciência.
    COMO PROCEDER


    Remova a vítima para um lugar fresco e arejado, afrouxe as vestes da vítima. Mantenha o acidentado deitado com a cabeça mais baixa que o resto do corpo.


    Asfixia e Afogamento



    ASFIXIADificuldade ou parada respiratória, podendo ser provocada por: choque elétrico, afogamento, deficiência de oxigênio atmosférico, obstrução das vias aéreas (boca, nariz e garganta) por corpo estranho, envenenamento, etc. A falta de oxigênio pode provocar seqüelas dentro de 3 a 5 minutos, caso não seja atendido convenientemente.

    COMO SE MANIFESTA

     Atitudes que caracterizem dificuldade na respiração.
     Ausência de movimentos respiratórios.
     Inconsciência.
     Cianose (lábios, língua e unhas arroxeadas).
     Midríase (pupilas dilatadas).
    COMO PROCEDER

     Encorajar a vítima a tossir.
     Realizar a manobra de Heimlich:

    - Consciente.
    - Inconsciente.
    - Obeso ou Grávida.
    - Bebê e criança pequena.

     Executar a respiração de socorro boca-a-boca.
     Em caso de parada cardiorrespiratória, executar a reanimação cárdio pulmonar (RCP).
     Procure o hospital mais próximo.
    AFOGAMENTO

    Asfixia provocada pela obstrução do aparelho respiratório por líquidos. Geralmente ocorre por uma câimbra, mal jeito, uma onda mais forte, inundação ou enchente e por quem se lança na água sem saber nadar.

    COMO SE MANIFESTA

     Agitação.
     Dificuldade respiratória.
     Inconsciência.
     Parada respiratória.
     Parada cardíaca.
    COMO PROCEDER


     Tentar retirar a vítima da água utilizando material disponível (corda, bóia, remo, etc).
     Em último caso e se souber nadar muito bem, aproxime-se da vítima pelas costas, segure-a e mantenha-a com a cabeça fora d"água.
     Se a vítima estiver inconsciente, inicie IMEDIATAMENTE a respiração de socorro boca-a-boca ainda dentro d"água.
     Coloque a vítima deitada em decúbito dorsal com a cabeça mais baixa que o corpo quando fora d"água.
     Insista na respiração de socorro se necessário.
     Execute a massagem cardíaca externa se a vítima apresentar ausência de pulso e midríase (pupilas dilatadas).
     Friccione vigorosamente os braços e as pernas da vítima, estimulando a circulação.
     Remova a vítima para o hospital mais próximo.
    Ressuscitação Cárdio Pulmonar (RCP)



       Conjunto de medidas emergenciais que permitem salvar uma vida pela falência ou insuficiência do sistema respiratório ou cardiovascular. Sem oxigênio as células do cérebro morrem em 10 minutos. As lesões começam após 04 minutos a partir da parada respiratória.

    CAUSAS DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

     Asfixia.
     Intoxicações.
     Traumatismos.
     Afogamento.
     Eletrocussão (choque elétrico).
     Estado de choque.
     Doenças.
    COMO SE MANIFESTA

     Perda de consciência.
     Ausência de movimentos respiratórios.
     Ausência de pulso.
     Cianose (pele, língua, lóbulo da orelha e bases da unhas arroxeadas).
     Midríase (pupilas dilatadas e sem fotorreatividade).
    COMO PROCEDER

     Verifique o estado de consciência da vítima, perguntando-lhe em voz alta: "Posso lhe ajudar".
     Trate as hemorragias externas abundantes.
     Coloque a vítima em decúbito dorsal sobre uma superfície dura.
     Verifique se a vítima está respirando.
     Realize a hiperextensão do pescoço. Esta manobra não deverá ser realizada se houver SUSPEITA DE LESÃO NA COLUNA CERVICAL - neste caso realize a tração da mandíbula, sem inclinar e girar a cabeça da vítima.
     Verifique se as vias aéreas da vítima estão desobstruídas aplicando-lhe duas insulflações pelo método boca-a-boca.
     Verifique se a vítima apresenta pulso, caso negativo inicie a massagem cardíaca externa.
     Posicione as mãos sobre o externo, 02 cm acima do processo xifóide.
     Mantenha os dedos das mãos entrelaçados e afastados do corpo da vítima.
     Mantenha os braços retos e perpendiculares ao corpo da vítima.
     Inicie a massagem cardíaca comprimindo o peito da vítima em torno de 03 a 05 cm.
     Realize as compressões de forma ritmada procurando atingir de 80 a 100 compressões por minuto.
     Caso esteja desacompanhado deve intercalar duas insulflações a cada 15 compressões. Se estiver acompanhado de outra pessoa com o devido treinamento, deve intercalar uma insuflação a cada 05 compressões.
    Dificuldade ou parada respiratória, podendo ser provocada por: choque elétrico, afogamento, deficiência de oxigênio atmosférico, obstrução das vias aéreas (boca, nariz e garganta) por corpo estranho, envenenamento, etc,. A falta de oxigênio pode provocar seqüelas dentro de 3 a 5 minutos, caso não seja atendido convenientemente.


    RCPINSULFLAÇÕESCOMPRESSÕES
    01 prestador de socorro0215
    02 prestadores de socorro0105

    Após 04 ciclos monitorar novamente os sinais vitais
    NÃO INTERROMPA A RCP, MESMO DURANTE O TRANSPORTE, ATÉ A RECUPERAÇÃO DA VÍTIMA OU A CHEGADA DO MÉDICO.

    CASOS ESPECÍFICOS

    Ao executar a massagem cardíaca externa em adolescentes, pressione o tórax com uma das mãos e em crianças, apenas com a ponta dos dedos.

    Respiração de Socorro Método de Silvester (Modificado)

    Este método é aplicado nos casos em que não pode se empregar o método boca-a-boca (traumatismos graves de face, envenenamento por cianureto, ácido sulfúrico, ácido clorídrico, soda cáustica, fenol e outras substâncias cáusticas). O MÉTODO SILVESTRE permite não só o restabelecimento dos MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS como os DO CORAÇÃO.

    COMO PROCEDER

     Desobstrua a boca e a garganta da vítima, fazendo tração da língua e retirando corpos estranhos e secreção.
     Coloque a vítima em decúbito dorsal.
     Eleve o tórax da vítima com auxílio de um travesseiro, cobertor dobrado, casaco ou pilha de jornal, inclinando sua cabeça para trás.
     Ajoelhe-se, colocando a cabeça da vítima entre suas pernas.
     Segure os punhos da vítima, trazendo seus braços para trás e para junto de suas pernas.
     Volte com os braços da vítima para frente, cruzando-os sobre o peito (parte inferior do externo).
     Pressione o tórax da vítima 05 vezes seguidas.
     Volte os braços da vítima para a posição inicial e reinicie o método.

    Equipamentos para Socorros de Urgência


    Prepare sua caixa de primeiros socorros antes de precisar dela, uma vida poderá depender de você.

     Algodão hidrófilo
     Tesoura
     Soro fisiológico
     Atadura de gase
     Válvula para RCP
     Xilocaina spray
     Atadura de crepom
     Talas variadas
     Água oxigenada
     Bandagem
     Luva de procedimentos







     Líquido anti-séptico
     Gase esterilizada
     Pinça hemostática
     Barra de sabão
     Lenço Triangular
     Colar cervical
     Papel e caneta
     Compressas limpas
     Cotonete
     Garrote
     Esparadrapo
     Telefones úteis



    Autores:
    Prof. Elzio Teobaldo da Silveira CREF 000230-G/DF 
    Prof. Alexandre Fachetti Vaillant Moulin CREF 000008-G/DF - alfachetti@uol.com.br 
    Conselheiros do Conselho Regional de Educação Física da 7º Região.
    Palestrantes sobre Socorros e Urgências em Atividade Física

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